Valdemar Ferreira Ribeiro
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QUAIS OS RUMOS DA ECONOMIA ANGOLANA ?

Em Angola, os empresários angolanos privados têm bastantes dificuldades em tratar com os Organismos Bancários e até com Organismos do Estado e quando são confrontados com empresas estrangeiras têm muitas desvantagens :

01 – Difícil acesso a financiamentos bancários principalmente porque em Angola só agora se começa a trabalhar com o “direito à superfície” , direito à propriedade privada , relativo aos terrenos aonde são construídos os projectos e os Organismos do Estado de tutela por vezes nem sequer sabem como tratar desta questão dos novos contractos com “direito à superfície” visto ser uma lei relativamente nova no país .

02 – Existe ainda bastante dificuldade ao tratar-se das questões relativas ao terrenos e seus legais e legítimos proprietários , havendo ainda muita confusão e interesses estranhos aos mesmos .

03 - Os juros dos Bancos privados em Angola ainda são muito altos comparativamente com a Europa ou outros países tais como a África do Sul , os tempos de carências dos empréstimos são praticamente inexistentes ou muito curtos , os tempos de pagamentos dos financiamentos geralmente são curtos e tudo isto dificulta muito às empresas angolanas que precisam recorrer ao crédito bancário privado ou estatal , principal via que leva ao desenvolvimento dos países .

04 – Os custos operacionais no dia a dia das empresas angolanas ainda são muito altos .

05 - O sistema de fiscalização e controle dos Organismos de tutela do Estado angolano muitas vezes são inibidores para os empresários privados mais empreendedores que querem e podem trabalhar com qualidade e eficiência pois estes Organismos de fiscalização muitas vezes actuam com “ EXCESSO DE ZELO” , significando isto que alguns grupos de fiscais procuram criar “dificuldades para obterem facilidades “ .

Os empresários mais competentes , para não se aborrecerem mais com os “excessos de zelo” de alguns Organismos do Estado , fecham suas empresas ou mudam seus objectivos empresariais e tanto é verdade isto que é difícil encontrar em Angola empresas tradicionais ou mais antigas com muitos anos de vida no mercado , com raras excepções .

06 – As empresas estrangeiras , associadas ou não a parceiros angolanos , têm fácil acesso ao crédito bancário em seus países ou em Angola , com juros baixos , prazos de carência bons , prazos de retorno dos financiamentos também bons .


Devido às facilidades burocráticas que as empresas estrangeiras encontram quando há parceiros angolanos de relativa influência dentro das estruturas do Governo ou das estruturas bancárias , logo à partida têm mais vantagens .

Devido ao poderio económico e financeiro que as empresas estrangeiras têm e por terem fácil e rápido acesso a financiamentos bancários , logo esta condição permite a estas empresas terem vantagens na competição com as empresas pequenas e médias angolanas e estas empresas angolanas perdem a “ OPORTUNIDADE” dos projectos ou negócios .

Deste modo , se não houver muito cuidado no tratamento destas questões por parte de quem decide a economia angolana , com certeza haverão sempre desvantagens competitivas entre as empresas nacionais pequenas e médias relativamente aos grupos económicos mais fortes , nacionais ou estrangeiros sul-africanos , portugueses , brasileiros , etc. .

É possível aos empresários angolanos desenvolver este grande país .com o próprio esforço mesmo diante das dificuldades conjunturais e estruturais internas e externas assim como se conseguiu construir uma União Nacional Angolana através da luta militar e política .

* As Instituições militares em Angola , com o advento da paz , souberam cumprir com seu papel de construtores das fronteiras nacionais e sua bandeira .

* As Instituições políticas souberam desempenhar seu papel político com mestria e alavancar Angola para um destaque internacional de relevo, no mundo e em especial na região da SADC .

* Com o desfecho da visita do Presidente da África do Sul ficou claro e bem defenido o papel político nacional e internacional de Angola no mundo , principalmente na SADC .

* Só falta agora Angola cumprir-se económica e socialmente mas isso depende fundamentalmente dos angolanos empreendedores , depende dos pequenos e médios empresários angolanos , com o apoio dos Organismos e Instituições do Estado e privadas .



O Governo de Angola traçou caminhos bem delineados dos rumos da economia nacional .

PARA QUE ANGOLA SE CUMPRA PLENAMENTE , AGORA NA ÁREA ECONÓMICA E SOCIAL , É PRECISO QUE OS RESPONSÁVEIS DE PRIMEIRO , SEGUNDO E TERCEIRO ESCALÃO DOS ORGANISMOS E INSTITUIÇÕES OFICIAIS OU PRIVADAS DECISÓRIOS SAIBAM EXECUTAR AS TAREFAS ORIENTADAS PELO GOVERNO , COM EMPENHO , RAPIDEZ , VISÃO FUTURISTA , EXPERIÊNCIA , EFICIÊNCIA , EFICÁCIA , COM ESPIRITO PÚBLICO E SENTIDO PATRIÓTICO .

Os RESPONSÁVEIS de segundo ou terceiro escalão nas decisões dos Organismos e Instituições financeiras ou outras que agem com demora , lentidão , interesses pessoais e oportunismo , falta de visão , falta de experiência , incompetência , etc. , prejudicam muito o desenvolvimento sustentado do país e com isso não permitem que as empresas pequenas ou médias angolanas possam desempenhar seu papel dinamizador económico e social pois está totalmente demonstrado que são as pequenas e médias empresas privadas que desenvolvem sustentadamente os países .


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As Instituições militares e Políticas de Angola souberam cumprir com suas responsabilidades na reconstrução do país .

É preciso que as Instituições Económicas de Angola saibam também cumprir seu papel de dinamizadores da ECONOMIA NACIONAL pois de outro modo estarão a destruir todo o trabalho e esforço titânico executado com competência e mestria pelas Instituições Militares e Políticas nacionais .

De outro modo , Angola e seus pequenos e médios empresários mais dinamizadores poderão ser ultrapassados pelos empresários estrangeiros devido ao seu poderio económico e estratégicas e Angola se transformará num espaço dominado por economias ágeis mais eficientes e eficazes , da região ou de outras regiões , deixando assim de se cumprir após tantos anos de esforço e luta titânica .

Os pequenos e médios empresários privados angolanos querem que Angola se cumpra plenamente na sociedade das Nações mais desenvolvidas e querem que as Instituições Económicas e financeiras saibam também desempenhar com competência seus papel de Organismos promotores do desenvolvimento sustentado nacional .

As actuais Instituições Políticas de Angola , que nos últimos tempos decidiram abrir as fronteiras de Angola para o mundo global , com cautela mas sem medo , com firmeza e com clareza , também saberão promover a economia angolana e seus empresários mais empreendedores de tal modo que estes possam competir ao mesmo nível , sem complexos , com competência , eficiência e eficácia , com outras economias , de igual para igual , inicialmente dentro do país mas tendo em conta a sua região da SADC aonde está bem inserido militar e politicamente .

(Economista)
Valdemar Ribeiro
Enviado por Valdemar Ribeiro em 24/08/2009
Alterado em 25/10/2018