AS RAÍZES PROFUNDAS DA NAÇÃO LUSITANA
Uma das grandes dificuldades actuais , neste inicio do século XXI , com uma maior globalização cultural e miscigenação racial , em muitos países e em Portugal em particular , é que há uma tendência para cada vez mais se ignorar a história e as raízes culturais que construíram cada uma dessas nações .
Cada vez mais há pessoas a optarem por viverem em nações diferentes daquelas aonde nasceram aonde naturalmente as histórias e as raízes culturais são diferentes das suas .
Ao mesmo tempo em que cada uma destas nações de adopção se enriquece com esta soma cultural de pessoas vindas do exterior também essas nações enfrentam riscos de um empobrecimento cultural se os seus cidadãos originais ignorarem a história e raízes culturais que lhes deram origem .
Tem de ser o próprio Estado , juntamente com Organismos privados , a acautelar esta problemática pois a esse mesmo Estado e seus líderes compete a construção de uma nação cada vez mais unida e desenvolvida em todos os sentidos .
Quando o passado de uma nação começa a diluir-se na sua essência cultural , condena-se o futuro dessa nação e a raça de seu povo .
É importante não ignorar as raízes culturais ancestrais da região aonde cada um está inserido como também é importante não ignorar as raízes culturais de quem chega de outras regiões , pois só assim é possível somar e enriquecer não só a cultura local como a cultura de cada um .
O risco de se ignorarem as raízes culturais ancestrais e novas é maior nos países menos desenvolvidos e Portugal deveria acautelar-se .
É muito importante para todos os cidadãos , novos e antigos , que desde a escola e nas famílias haja uma particular atenção às raízes culturais das nações aonde cada um se insere agora e anteriormente .
Cita-se aqui o exemplo de um cidadão do mundo , lusitano nascido no norte de Portugal e cujas raízes culturais e raciais ancestrais vêem desde as origens lusitanas , há mais de 800 anos .
Este cidadão é um consciente defensor de suas profundas origens raciais e culturais das quais muito se orgulha apesar de muitas vezes não concordar com o rumo social , económico e ambiental da nação que lhe foi berço pois se houvesse uma maior união colectiva entre os seus cidadãos certamente haveria um maior desenvolvimento sustentado .
Este cidadão global está inserido cultural e economicamente em Portugal , no Brasil e em Angola e é um consciente e orgulhoso defensor das raízes que lhe deram origem como ser humano a partir do Homo Australopithecus e das raízes culturais das nações aonde se insere pois só assim consegue construir em si um equilíbrio psíquico e cultural , sabendo quem é , por onde vai e aonde quer chegar .
A consciência profunda das raízes culturais das nações aonde cada um se insere , no passado e presente , permite a construção de uma nação melhor inserida num contexto planetário regional e global e universal .
De outro modo esta nação pode desintegrar-se a longo prazo pois desequilibra-se culturalmente e perde o norte , passando a navegar em busca de um rumo perdido mas sem conseguir chegar a um porto seguro pois não sabe utilizar os melhores instrumentos de navegação , não tem os melhores mapas , não tem os melhores navios e as melhores velas , não sabe escolher os melhores ventos e os melhores rumos , e por isso não pode navegar em mares altos aonde as tempestades são muitas e as bonanças poucas .
Torna-se uma nação assimilada , subdesenvolvida , por mais aparência que tenha de nação tecnológica pois não se conhece a si mesma , não sabe de onde veio , por onde anda e aonde vai .
Valdemar Ribeiro
Enviado por Valdemar Ribeiro em 24/11/2009
Alterado em 25/10/2018