A DITADURA DAS MAIORIAS
Nas sociedades humanas de ditaduras políticas/administrativas , aquelas pessoas que querem trabalhar com mais qualidade e evoluir atrapalham muitas vezes aqueles que burocraticamente estão instalados nos cargos administrativos e políticos e não querem ser incomodados .
Os burocratas administrativos e políticos , em todos os países , procuram usar todos os meios para obstruir aqueles que acreditam num trabalho com mais qualidade e eficiência e estes burocratas gostam de “criar dificuldades para venderem facilidades” .
A burocracia muitas vezes impede um desenvolvimento mais acelerado e sustentado dos países pois dificulta o caminhar dos cidadãos mais empreendedores .
Nas sociedades denominadas democráticas , muitos afirmam que os governos democráticos representam o povo e a maioria relativa do povo é quem elege esses governos .
Em países democráticos com avanços reais sociais , e são poucos , é provável que os governos eleitos pela maioria populacional possam desempenhar uma função real dinamizadora .
Isto porque nesses países já há uma maioria populacional atenta e com um alto grau de consciência social , económica e ecológica que delegam poderes de representação àqueles que mostram ter as melhores aptidões para estes cargos administrativos .
Mas o que dizer daquelas sociedades humanas aonde esse desenvolvimento social global ainda está emperrado ?
Nas sociedades ditas democráticas , o povo é um grupo de indivíduos que através de organizações elegem algumas pessoas que passam a ser privilegiados com poderes de representação e que em nome da maioria desse povo agem .
Apesar desta maioria ter eleito um governo que a representa não se pode afirmar que esta maioria , este grupo , represente um pensamento avançado .
Aceita-se a tal democracia pois o caminho parece ser este e espera-se que a tal maioria que elege seus governantes administrativos alcance um grau de desenvolvimento elevado mas enquanto isso não acontece há um delimitador grande no avançar do pensamento inovador colectivo destas sociedades .
Há aqui uma ditadura da maioria .
A grande vantagem das ditas democracias , mesmo que estas ainda estejam a dar os primeiros passos , é que elas permitem um andar individual , físico e mental, mais livre de âncoras e peias .
Em todos os tipos de sociedades com ou sem ditaduras administrativas , numas mais noutras menos , o libertar a mente é possível pois o penso e posso pensar pertence a cada individuo desde que seja um ser mental normal .
Depende do próprio individuo querer ou não construir em si um equilíbrio mental , em seu interior psíquico , afetando desse modo realmente , com seu próprio exemplo e não apenas de forma teórica , a sociedade ao redor , o coletivo ao qual pertence , familiar ou não .
Existem indivíduos e grupos humanos no planeta que têm uma vida social , económica e ecológica equilibrada e um viver tranquilo e feliz e são referência para uma consciência humana desenvolvida mesmo que tecnologicamente esses grupos humanos não sejam sofisticados .
As novas tecnologias não são fundamentais para um viver mental equilibrado e inteligente pois elas são apenas ferramentas , tais como as linguagens , que podem ajudar no aprofundamento da inteligência humana global e universal .
Algumas sociedades humanas podem considerar-se no bom caminho no desenvolvimento das consciências individuais e coletivas e tanto é verdade isso que, por exemplo, as mulheres ocidentais e as africanas cada vez mais se libertam do jugo masculino e o espírito feminino sensível e intuitivo desabrocha agora com mais intensidade no planeta .