Textos
SER "REI"A natureza elimina os que vão ficando mais fracos ou que nasceram mais fracos de mente ou de corpo físico ,
as guerras sucedem-se e os " Reis " dos mundos responsáveis também desta desordem humana vão palestrando nos estádios trocando as bolas ...
Penso e posso pensar .
"REIS"
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Quantos Reis desfilam dias
Nos estádios trocando bolas
Quantos dias os Reis
Desfilam horas nos palácios ...
Eu de mim Rei sou !
Quantas noites no céu olhadas
Luas novas de luar estrelado
Sorrindo serenas acariciam
Quem as olham e vêm Sereias
De mares sem fim de Nautas
Quantos dias suados
Em labutas de sustento
Humano de menino a crescer
Em frente , de alma enfunada
Herói de si nos sonhos abraçados .
"Reis" , que sois de mim se Rei eu sou ?
Dura vida a quem nela é dura a vida
Passageiros ligeiros de um instante
Supomos estufados de peitos teimosos ,
A estrada é pronta nascendo .
Abado olhar fechando o andar
A quem a si apenas olha .
Segue , a (h)ora é esta em nós :
Cada dia é uma oração mas ....
"há os que sentem a chuva
Só quando esta lhes cai em cima" (FP)
Quando a água molha
No cacimbo que vem regando
A terra , na brisa a chorar
Trazendo o vento no som
Que chega a penetrar a noite
Da tarde que se esvai ...
Aproximando-se em passos menina
Inebriando a hora no beijo ;
Passageiro o instante ápice
Quem o vê segue ao vento
Barco à bolina em velas içadas
No toque do leme levando as ondas
No comando de quem ligeiro
No incerto é o caminhar
Em passos de remo a vapor
Seguindo rios de florestas
Frondosas enquanto vivas
Na terra que quando esgota
Liberta do homem o céu ;
Vai tecendo a vida encontros
Em praias de espaços e Eras
Vai homem atento e ligeiro
Por entre brumas vai gigante ,
Pequeno , vai de fora sabendo
O que existe dentro ,
Segue em cuidado a saber
Da noite nasceu o dia
Horizonte largo velas enfunadas
Abrindo sulcos no espaço do mar .
Criança de olhar lindo
Brinca alegre na areia
Descalça em grupos e rodas
Em façanhas no mundo
Que muitas vezes te magoa
Mulher que passas aí
Diz agora a que vens
A vida que ao mundo dás
Em ti de ti se alimenta
Vem ao meu lado à frente
Suave no passo leveiro
Senhora de si em si sensível
Rasga roupas resplande vestes
Em passarelas de brilhos iluminada
Princesa de mim sereno
Em noites maduras ao luar
Reluz a estrada do astro
A brilhar , vamos criança
Vamos brincar na praia
Ao sol da tarde calma
Senhor do além no olhar
O mar de si lhe é bastante
Passageiro vai no instante
Á chuva do beijo a molhar
E agradeço aos deuses apesar
De dura muitas vezes a labuta .
Valdemar Ribeiro
Enviado por Valdemar Ribeiro em 24/06/2005
Alterado em 08/11/2018
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