VISÃO DUAL DA VIDA – CATOLICISMO E BUDISMO
A visão católica da vida afirma que todos os seres humanos nascem do pecado logo todos à nascença são pecadores e carregam em si essa culpa.
Portanto, quem nasce precisa de ser salvo desse pecado e enquanto não forem batizados pela igreja cristã serão sempre pecadores ou se forem ateus também continuam pecadores.
Esta visão da vida é defendida dizendo-se que é apenas uma simbologia, uma metáfora, são apenas conceitos ou preconceitos.
“Torna-se verdade no filho aquilo que no pai era mentira” . (Friedrich Wilhelm Nietzsche).
Ao se incutir a ideia de pecado capital na mente de uma criança, futuro adulto, esta radical e preconceituosa forma de pensar, corre-se o risco de se tornar numa verdade conceitual e os comportamentos destas pessoas serem parametrizados por esta ideia.
Como é possível alguém olhar para uma criança e afirmar que ela traz consigo o pecado, que ela é fruto do pecado?
As relações humanas, mulher/homem, são relações naturais e equilibradas e sem essas relações não é possível a procriação logo não seria possível a existência humana.
Como é possível alguém, de sã consciência, dizer que as relações sexuais entre os animais são pecaminosas, são erradas?
Seria um modo de pensar absurdo e completamente sem lógica universal.
Numa visão sã da vida , quando uma criança nasce traz ela consigo algo de errado?
Por isso, a visão católica deveria fazer uma reflexão profunda e perceber que a visão do pecado original apenas serve interesses particulares e não contém uma lógica universal.
A filosofia budista ensina que a vida é sagrada desde a procriação.
Ninguém nasce com pecado pois tudo no universo é sagrado, logo o ser humano é um ser bom, sem culpas e assim tem de ser respeitado.
As oportunidades da vida é que farão com que o ser humano se desenvolva de uma forma mais equilibrada ou menos.
Nestas duas visões da vida, é importante distinguir qual a mais harmoniosa, qual delas representa o sagrado.
O sagrado está dentro de cada um e não fora, nos grupos pois estes funcionam dentro de parâmetros, lógicas, interesses, conceitos e preconceitos próprios.
Os seres, sejam eles quais forem, em qualquer lugar do universo, nascem bons e precisam alcançar o ápice do universo que lhe compete construir, no seu espaço.
Todos nascem bons, vivem e morrem sozinhos.
Valdemar Ribeiro
Enviado por Valdemar Ribeiro em 06/11/2018
Alterado em 08/11/2018