Valdemar Ferreira Ribeiro
...Navegando nos Mares do Sul ... Observando o Norte
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Textos
REFUNDAÇÃO DE PORTUGAL
Por volta do ano de 1100, os Lusitanos desceram o rio Caminha, vindos da Península Ibérica e a partir de Guimarães construíram o Condado Portucalense e os Minhotos foram parte nesta luta, pioneira na altura e até hoje.

Este autor é um descendente direto desses Minhotos pois sua família foram e são posseiros de terras no norte de Portugal e também foram parte na administração territorial, no Minho.

Racialmente, este autor não é miscigenado mas teve a sorte de, no seu caminhar pelo mundo, ter contactado com outras culturas e outras raças, selecionou os melhores valores culturais desses grupos que encontrou e reconstruiu em si os valores que considerou melhores, através de uma auto-reflexão profunda sobre os mesmos.

Este autor é uma pessoa culturalmente miscigenada mas racialmente ainda é um descendente direto dos primeiros lusitanos fundadores do Condado Portucalense e tem muito orgulho disso.

Portugal foi construído por guerreiros sem receio de enfrentarem o poderoso Reino Ibérico e tornou-se independente, orgulhoso de si e tanto é assim que a partir de ano de 1400 decidiu enfrentar o mar profundo à descoberta de novos mundos.

E descobriu o Brasil, fundou-o e esta Nação brasileira se apresentou ao mundo utilizando a língua portuguesa como instrumento de comunicação e sendo a cultura lusófona uma bandeira nestes novos tempos a enfrentar.

As árvores tornam-se mais fortes quando as sementes são miscigenadas cumprindo-se assim a teoria de Charles Darwin e o universo tende sempre para o equilíbrio após as tempestades.

Uma atitude mais inteligente, na maior parte das vezes, obriga sempre a um olhar com um certo humor pois assim aprofunda-se uma análise holística sobre a realidade dos factos. Por isso, neste pequeno ensaio, o autor observa os factos com uma certa dose de humor pois não deixa de ser uma reflexão sobre o retorno do filho pródigo a casa, não no sentido do filho que levou uma vida desregrada mas sim no sentido daquele filho que volta à origem após viajar à descoberta de novos mundos.

O Portugal continental de hoje precisa de encontrar soluções que permitam um equilíbrio populacional e justamente por isso é que permite a vinda de cidadãos de outros portos e deseja-se que esses cidadãos se desenvolvam nesta sociedade lusófona da maneira mais equilibrada possível, sem guetos, e com o respeito máximo pelos valores sociais de referência que encontram nas novas nações.
E quando se viaja pelo Portugal continental deste século XXI, frequentemente se depara com cidadãos vindos do Brasil, muitos cidadãos, em todos os lugares, em todas as cidades, trabalhando e que com o seu sotaque musical e sua gentil atenção, normalmente, recebem aqueles que procuram seus serviços.

Encontram-se estes lusófonos brasileiros a trabalhar em muitos lugares e com profissionalismo atendem e nota-se um querer bem servir, normalmente. É um prazer encontrá-los.

Torna-se engraçada esta realidade portuguesa pois há aqui um retornar ao lar daqueles descendentes cujos ascendentes um dia vieram de Portugal e fundaram o Brasil, sua nação. Há aqui neste retornar a casa, um refundar de Portugal, agora com um sotaque musical e com ideias até diferentes e todos a querem um novo lar, um Portugal cada vez mais bonito e equilibrado, num sentimento de voltar ao lar, em muitos desses cidadãos brasileiros.

Os lusófonos brasileiros são um povo que se reencontra com seus ascendentes neste Portugal continental de hoje e nisso, quem mais beneficia é este mesmo Portugal pois além de poder manter um equilíbrio populacional também miscigena sua cultura e aprofunda-a cada vez mais pois esta mistura é um fator importante no desenvolvimento das sociedades, sejam elas quais forem.

As sociedades que sobrevivem em guetos, não permitem um evoluir cultural e naturalmente mais cedo ou mais tarde se chocam consigo mesmo e com as outras culturas.

Valdemar Ribeiro
Enviado por Valdemar Ribeiro em 28/01/2022