Valdemar Ferreira Ribeiro
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ANGOLA - MPLA - NOVAS ESTRATÉGIAS APÓS ELEIÇÕES GERAIS EM 2022
Com o advento da paz em Angola, 2002 e defenido um território nacional uno e indivisível pois a única pessoa que fazia frente ao MPLA , militar e politicamente era o Presidente da UNITA sr. Savimbi e este estava morto, foi sugerido ao MPLA que olhasse com muita atenção para a África do Sul e sua definição politica e geográfica, definida com três capitais, a Legislativa-Cape Town, a Executiva-Pretória e a Económica-Johannesburg.

Foram os ingleses, sempre com um olhar mais no horizonte, que percecionando o futuro em África, definiram este país com três capitais e isso conseguiu promover e unir este país, até hoje.

Este modelo foi sugerido ao MPLA em 2002 mas este partido não quis percecionar seu futuro e hoje, 2022, provavelmente está a lamentar não ter considerado esta opção politica, económica e social.

Luanda hoje alberga cerca de nove milhões de cidadãos e representa um poder politico maior em Angola e estes cidadãos luandenses, de todas as origens angolanas, descontentes om a administração do MPLA, cerca de setenta por cento passaram a apoiar politicamente a UNITA ou seja, o MPLA que considerava sua base politica principal em Luanda, perdeu esta prerrogativa a seu favor e provavelmente o seu futuro será bastante mais difícil a partir de agora a não ser que consiga reconstruir-se mais equilibrada e rapidamente.

Quando em 2002 foi sugerido ao MPLA a criação politica de novas capitais, a Executiva no Huambo, uma capital Legislativa em Luanda e uma nova capital Económica no Lubango, Huila, este partido não considerou estas opções, ousadas naturalmente mas inteligentes, e como resultado disso, hoje, em Luanda, perdeu sua preponderância politica e provavelmente em Angola está a começar uma nova fase politica após estas eleições.

Se o MPLA tivesse definido a criação destas novas capitais como uma estratégia fundamental politica, económica e social, provavelmente hoje em Luanda haveriam apenas metade da população actual pois estes cidadãos teriam regressado às suas terras de origens aonde se sentiam e poderiam desenvolverem-se melhor, naturalmente, Luanda não estaria tão assoberbada nem com tantas dificuldades de toda a ordem.

Talvez com estas medidas, hoje Angola teria uma melhor distribuição de sua população e estaria num processo de mais desenvolvimento sustentado económico, social e ambiental e o MPLA não teria tantas dificuldades politicas.

Com certeza estas novas capitais iriam proporcionar um maior e melhor desenvolvimento, sustentado.

O MPLA, de forma egoísta e vivendo e a viver em bolhas, não considerou estas opções de novas capitais e não compreendeu o processo politico e económico Sul-africano.

À UNITA neste momento não interessa esta criação de novas capitais pois domina politicamente a capital de Angola mas se não estiver atenta ao presente e ao futuro e não souber percecionar os erros do MPLA, em breve também terá os mesmos problemas e dificuldades e naturalmente corre o risco de se atropelar também.
Para Angola, o caminho mais equilibrado e com um maior desenvolvimento sustentado politico, económico, social e ambiental, será a criação destas novas capitais pois isso vai permitir uma melhor distribuição de sua população e um maior equilíbrio entre os três poderes, legislativo, económico e executivo e provavelmente isso permitiria maiores e melhores investimentos nacionais e estrangeiros.

Valdemar Ferreira Ribeiro
Economista. Empresário Industrial e Ambientalista.


Valdemar Ribeiro
Enviado por Valdemar Ribeiro em 29/08/2022